20.3.06

Show do Oasis

Show do Oasis. Inevitável eu escrever sobre ele! Obviamente, foi o máximo. Cheguei em São Paulo pela manhã e fui para a porta do hotel (Emiliano). Até vi o tecladista lá dentro, mas fiquei na minha, na porta, e depois de um tempo fui embora. A imprensa (Globo, MTV) ia subir para entrevistá-los e pude me identificar com a implicância que eles têm por repórteres e câmeras. São chatos demais, já chegaram reclamando de ter que trabalhar neste hotel, e que a banda era insuportável (talvez preferissem se unir à massa de desempregados do país)... ironicamente, todos os fãs que conheço e que conheceram os músicos em hotel, aeroporto ou mesmo na porta da casa dos caras foram tratados com educação e atenção. Foi aí que virei as costas e fui embora. Tive uma epifania e finalmente percebi a incrível semelhança entre minha adorável personalidade e a dos irmãos Gallagher!! hehe. Claro que tem até uma comunidade no Orkut sobre isso - alguém mais esperto percebeu isso antes. Daí vem a pergunta que não quer calar: sou arrogante porque gosto de Oasis ou gosto de Oasis porque sou arrogante?

Depois, horas na fila do show, que foi no estacionamento do Credicard Hall. Entrei, saí correndo, peguei lugar no lado esquerdo, exatamente em frente às caixas de som!! Da mesma forma que no show de 98, não dava para enxergar todo o palco, mas em compensação era bem mais próximo! Fenomenal! Vi o Liam perfeitamente, o Noel lá do outro lado, o Gem bem de pertinho numa fresta entre uns retornos, e parte do baixo do Andy (até vi a cara dele, mas rapidamente, ele se escondeu). O Zak, só pelo telão.

Mas voltando à ordem cronológica: percebi o que significava estar tão próxima das caixas de som quando o Moptop entrou. Muito, muito, muito alto!! Foi legalzinho, mas estava sem paciência. O Oasis entrou pouco antes das 22h, com Fucking In The Bushes. Daí o Liam chegou na beira do palco - no lado direito, e não no meu!! : ( - e colocou o tamborim de meia lua na boca, e depois o equilibrou na cabeça... o público da frente foi ao delírio! Então começou Turn Up The Sun. Que outro show começa com a frase I carry madness everywhere I go? Ao mesmo tempo, começou a chuva. A princípio, adorei, pulei, gritei, tremia. Na próxima, Lyla, peguei na minha bandeira do Brasil - e percebi que estava encharcada. Ooops, subestimei a chuva, que tampouo dava sinais de que ia parar tão cedo. E, na mochila, 1 camiseta seca e meus documentos, passagem de volta, celular, máquina fotográfica na mão... vesti minha famosa capa de chuva por cima da mochila (como faço aqui no Rio) e continuei pulando. Não choveu: caiu foi o maior temporal. E que só terminou no meio do bis, no finalzinho do show! Oasis trazendo chuva, hehe. Foi demais, lavou a alma de todos. Até que de certa forma foi bom eu quase não ter tirado fotos, porque aí me preocupei menos com a máquina e mais com o show. It rains like Manchester.

(Noel): I've lost my faith in the summer time

(Nós): Cos it don't STOP RAINING!

Liam estava demais, para o padrão dele, claro. Aplaudiu o público depois de todas as músicas, jogou 2 tamborins para a galera (óóóó!!!), e ao cantar mais empolgado chegava a empurrar o tripé do microfone para a frente (que voltava obedientemente ao lugar, sem cair - sim, vi bem de perto!). Quando não cantava, deixava o tamborim pendurado no mic, esperando sua volta. E ele o retira do mic sem fazer barulho!

Achei o Noel muito quieto, tímido... estranhei. Sem frases como a de 98 (My name is Noel, but you can call me God!), as músicas que ele canta espalhadas pelo show e não em um setzinho à parte (isso preferi, mas não sei quanto a ele), mic mais baixo que ele - nem levantava a cabeça para cantar. Acabou o show, aplaudiu o público, atravessou a frente do palco e se mandou. Será que ele anda triste?

Andy - mal o vi. Quietão também.

O Gem é foda! Ele estava lá pertinho, mesmo que eu não conseguisse enxergá-lo o tempo todo. Fez um solinho em uma das músicas que normalmente é do Noel (só lembro que era uma das que o Noel é que canta), naquela guitarra MARAVILHOSA dele que é a Gibson Firebird, cantou (sem mic mesmo) uma das músicas do Definitely Maybe com cara de feliz e, tcham-ram-ram, tocou gaita em Mucky Fingers! Tenho que admirar alguém que toca gaita. Além de ter o espírito Oasis. E além de ser lindo. Ele é O cara!

Sobre o Zak... que dizer? É o Filho do Homem! Toca demais! Com direito a solinhos curtos de bateria, que não são comuns no Oasis. Campanha Zak Starkey como membro permanente do Oasis já!. O Zak é foda!

My Generation foi o melhor encerramento que se poderia esperar. Uma música que amo, tocada pela minha banda preferida, mais o baterista que toca com o próprio The Who atualmente, e dedicada pelo Liam a todos que vieram do Rio para ver o show! G-g-g-generation! I'm not trying to cause a big sensation! Depois, um playback daquela que infelizmente eles não tocam (tabu): Let There Be Love.

Daí foi ir embora e buscar desesperadamente por um táxi, que não parava, toda ensopada! Apesar disso, feliz da vida, SIM! Fui para a casa da tia Bia, dormi lá, e no dia seguinte me mandei. O ônibus atrasou um pouco e nem fui no Museu. Sexta o Alex estava de bom humor e não cismou de discutir extensivamente meu resumo, como era de se esperar. Ainda mais inacreditável, disse que estava muito bem escrito! E eu que estava achando horrível! hehe. Submeti. Santa Maria, me aguarde!!

Só para encerrar, fotos minhas muito antes-pouco antes-depois. Reparem: 1. tensão ao chegar na fila já grande, 2. felicidade por conseguir um lugar na grade, ainda seca, e 3. ensopada, uma fool in the rain realizada.

Pê-ésse: pensei tanto antes de sair se iria de lentes ou óculos... claro que fui de óculos e me fudi na chuva. Ainda bem que não sou tão míope assim e realmente estava perto. Mas é claro que a Lei de Murphy mandou lembranças.

14.3.06

The Masterplan

FUI!

Take the time to make some sense
Of what you want to say
And cast your words away upon the waves
Bring them back with Acquiesce
On a ship of hope today
And as they fall upon the shore
Tell them not to fear no more
Say it loud and sing it proud
And they...

Will dance if they want to dance
Please brother take a chance
You know they're gonna go
Which way they wanna go
All we know is that we don't know
What is gonna be
Please brother let it be
Life on the other hand won't let you understand
Why we're all part of the masterplan

I'm not saying right is wrong
It's up to us to make
The best of all things that come our way
And all the things that came have past
The answer's in the looking glass
There's four and twenty million doors
Down life's endless corridor
Say it loud and sing it proud
And they...

Will dance if they want to dance
Please brother take a chance
You know they're gonna go
Which way they wanna go
All we know is that we don't know
What is gonna be
Please brother let it be
Life on the other hand won't let you understand
Why we're all part of the masterplan

12.3.06

Domingão é dia de DNPM

Acordei cedo para ir fazer o concurso. Lá no CEFET. 7:20, desci do ônibus, parei na esquina para atrvessar a rua... e um táxi passou bem na minha frente, fazendo uma curva para entrar na rua à direita. Detalhe: o taxista passou me encarando assustado, e se benzeu enquanto fazia a curva olhando para mim! Beleza, hein? Eu mereço isso já cedo?

Fiz a prova. Não estudei. Acho que foi melhor assim, porque eu ia acabar estudando pelos livros de Geologia e Tafonomia e as questões cabulosas não eram sobre isso - eram muito específicas sobre geologia e extração mineral, ou sobre legislação. Mas pelo menos achei a prova de português estupidamente fácil.

Quarta-feira está chegando! Finalmente tomei coragem e liguei para a tia Bia, que mora perto do Credicard Hall. Acho que vou levar uma manteiga de Crato para ela.

No mais, parece que a epidemia de gripe generalizada passou. Não consegui comprar passagens na Gol por 50 reais para Manaus. Sem citações por hoje.

7.3.06

Dia do Paleontólogo

Hoje é dia do paleontólogo! Sim, esse dia existe - um dia para os orientadores ficarem de fofocas e os orientandos ficarem sem trabalhar. Além da comida de graça, claro!

Teve uma palestra muito legal sobre a vida de Stephen J. Gould. No finzinho, bastante timidamente, uma comparação do equilíbrio pontuado com o marxismo. (!!)

Meus pensamentos no ônibus, vindo para casa: Itaboraí (fomos lá hoje, zilhões de conchas fósseis), *censurado*, coisas para providenciar para o show do Oasis (já é SEMANA QUE VEM!!), título para o resumo (que tal Preliminary description of an anhanguerid pterosaur from the Romualdo Member...?), pterigóide, palatino, réplicas, Ornithocheirus, seminário da pós. Sendo que o que tomei mais tempo pensando foi o Oasis. : )

O comprovante de inscrição do DNPM ainda não chegou. Crap.

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"De vez em quando, recebo uma carta de alguém que está em "contato" com extraterrestres. Sou convidado a "lhes fazer qualquer pergunta". E assim, com o passar dos anos, acabei preparando uma pequena lista de questões. Os extraterrestres são muito adiantados, lembrem-se. Por isso faço perguntas como: "Por favor, dê uma prova breve do último teorema de Fermat". Ou a conjectura de Goldbach. E depois tenho de explicar do que se trata, porque os extraterrestres não devem conhecer esses problemas por esses nomes. Assim, escrevo a equação simples com os expoentes. Nunca recebo resposta. Por outro lado, se pergunto coisas como "Deveríamos ser bons?", quase sempre obtenho uma resposta. Esses alienígenas sentem-se extremamente felizes em responder qualquer questão vaga, especialmente envolvendo juízos morais convencionais. Mas acerca de qualquer problema específico, em que há uma chance de descobrir se eles realmente sabem algo mais do que a maioria dos humanos, há apenas silêncio.

É um exercício estimulante pensar em perguntas que nenhum ser humano hoje em dia saberia responder, mas para as quais uma resposta correta seria imediatamente reconhecida como tal. É ainda mais desafiador formular essas perguntas em áreas que não sejam a matemática. Talvez devêssemos fazer um concurso e reunir as melhores respostas em "Dez perguntas para fazer a um alienígena.""

[Sagan, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro.]

5.3.06

Escrevendo pro Jorge Cham

Resolvi escrever pro Jorge Cham do PhD Comics:

Hi Jorge,

first of all, love the comics! That's exactly my life nowadays. Terrifying, eh?

Right now I have a terrible cold, my head's about to explode, fever, muscular pain, you name it. AND I have an abstract to submit to a congress - of course, it's due this week. Familiar with the situation?

Meanwhile, my advisor is publishing a new book. And I have to BUY at least one. No free books for his slaves - I mean, students.

Seems like my life would make a good PhD Comics strip. Several of my classmates in college are now teaching biology in high schools. So, I suppose I still prefer graduation to adolescents.

I don't know why I'm telling you that, actually. So, best wishes.

Será que ele vai me responder? Poderia realmente render uma tirinha!

Agora que vi que nem me dei ao trabalho de colocar meu país nem nada...

Aproveitando: uma tirinha que expressa muito bem minha vida no Rio!