27.2.08

Javier Bardem tá na moda

Eu ando cheia de coisas na cabeça: vários projetos no Museu e clima estranho em casa. Ontem comecei a pensar naquela coisa de sempre que fica me assombrando, me sentindo ruim, e fui dormir.

Acordei muito melhor, pensando em como tô precisando urgentemente escanear uma foto do Folclore e postar aqui, no Orkut... acho que foi o melhor ano da minha vida. Conheci meus melhores amigos, meu avô e minha avó ainda eram vivos, dinheiro não era problema lá em casa e minha maior preocupação era chegar meio-dia no Pop Rock (que abria às 16) para ficar lá na frente.

Não que nunca mais haverão coisas boas na vida, mas junto sempre haverão um monte de preocupações que não existem quando se tem 16 anos, né?

Enfim, vou em Bh na Páscoa e vou resgatar as fotos. Mico total espalhado na internet.

21.2.08

A quem eu possa confessar...

Pois bem. Escrevi isso deve fazer um mês, para mudar o about me do Orkut. Depois do Carnaval comecei a achar meio cabeça demais pro Orkut, e finalmente vem para cá, na íntegra.

Depois disso veio o Carnaval e a vida ficou mais leve, de tanto que eu me diverti. Não dava para perceber? Foi ótimo. Obrigada, Gabi, pelo convite. Veio numa hora melhor, impossível.

Beijundas, meus lurkers.

--

Eu sou bióloga e paleontóloga. Eu faço isso por paixão e é com paixão também que eu gosto de sentar num buteco e discutir biologia. Apesar disso, isso é minha profissão, não me define como pessoa.

Eu reclamo à beça, mas me considero bem humorada. Você é que não entendeu meu senso de humor. Minha irmã me entende!

Eu não acredito em pessoas que estão bem o tempo todo.

Descobri que sou vingativa de verdade, e que muitas coisas que doem não são consertadas por terceiros que não têm nada a ver com isso. E eu tenho orgulho dessas minhas cicatrizes; elas significam que um dia eu fui corajosa e me arrisquei.

Eu prezo inteligência e sinceridade acima de tudo. Pior que gente burra, só quem se faz de. E ponho os mentirosos no mesmo patamar. Eu não minto e eu falo o que penso e sinto. Tá certo, eu tenho que ponderar antes de falar para não ser grosseira, mas estou aprendendo.

Eu acho que política, religião e esporte não só podem como devem ser discutidos. Mas conservadores reacionários e crentes que só querem saber de converter os outros podem fazer o favor de manter distância...

Eu gosto de rock e poucas coisas me fazem tão feliz e completa como ir no show de uma banda que eu goste. Me mande musiquinhas interessantes e já temos um bom papo para buteco.

Há muito tempo eu descobri que tenho poucos amigos e muitos colegas, e saber distinguir entre eles. E, como diz o Juju, amigo a gente reconhece pela intimidade que não se perde, mesmo na distância. Mas até bem pouco tempo atrás eu costumava pensar, toda feliz, que eu não tinha uma única melhor amiga, mas pelo menos três (quatro?). Até que coisas aconteceram e finalmente percebi que constância, presença, dedicação, apoio e sinceridade sempre vieram de uma única, que sempre esteve ao meu lado em 10 anos de convivência.

Assim como no equilíbrio puntuado, a minha vida evolui em grandes passos, ao invés de gradativamente. Há alguns anos eu cheguei a ouvir um “você mudou muito”. E eu sinto que estou chegando ao fim de uma outra grande mudança, daquelas em que você olha para um ano e meio atrás e nem se reconhece mais. Eu quebrei muito a cara com várias coisas; e elas me moldaram no que sou agora. Descobri novos interesses em mim, descobri o quanto eu amo cinema e artes plásticas. Eu não mudaria de carreira agora, como eu pretendia fazer a um ano, seis meses atrás, porque outras coisas que aconteceram me encheram de confiança de novo. Mas foi bom eu me surpreender com as outras possibilidades que eu escolheria. Outras coisas mudaram e deixei várias bobeiras de lado, aprendi a me deixar curtir mais as coisas. E uma pessoa foi a grande responsável por isso; felizmente ele não virá aqui ler e ficar mais metido do que já é.

Mas nesse momento eu posso dizer que depois de tudo, mesmo depois que a pessoa em que eu mais confiei tenha traído toda a minha confiança, mesmo depois que todos os planos e promessas e muita da minha sensatez foram por água abaixo, ainda persiste em mim aquela crença que as pessoas são boas e que a humanidade tem jeito.

1.2.08

Peter Walsh

"(...) overcome with shame suddenly at having been a fool; wept; been emotional; told her everything, as usual, as usual.

(...)

Where there is nothing, Peter Walsh said to himself; feeling hollowed out, utterly empty within. Clarissa refused me, he thought. He stood there thinking, Clarissa refused me.

(e aí lá no fim do livro...)

What is this terror? What is this ecstasy? he thought to himself. What is that fills me with extraordinary excitement?
It is Clarissa, he said.
For there she was."

Virginia Woolf, Miss Dalloway