Quarta não foi um bom dia para sair de ônibus da Barra da Tijuca...
Manifestantes fecham por duas vezes a Ayrton Senna
RIO - Cerca de dois mil operários da Vila Pan Americana fecharam por duas vezes as pistas da Avenida Ayrton Senna, na Barra, nesta quarta-feira, em protesto pelo atropelamento e morte do colega Marcelo dos Reis Gomes na via. Eles pedem a construção de uma passarela no local. Devido ao protesto dos operários, o engarrafamento na Linha Amarela no sentido Barra atingiu 11 quilômetros, entre 9h30m e 11h07m, até as pistas serem liberadas. Foram três quilômetros de engarrafamento desde o ponto da Avenida Ayrton Senna onde os manifestantes se concentraram até o túnel da Covanca e mais oito quilômetros da praça do pedágio, onde o trânsito foi interrompido pela Lamsa, até Maria da Graça.
Os motoristas que ficaram retidos no primeiro engarrafamento conseguiram deixar a via por volta de 10h30m, orientados pela Lamsa, pela saída da Estrada do Gabinal, na altura da Cidade de Deus. Quem ficou retido a partir da praça do pedágio teve que esperar o fim da manifestação. Por volta das 11h30m, o trânsito ainda era complicado na Linha Amarela. A concessionária calculava que os motoristas estavam enfrentando um trecho de dez quilômetros de lentidão no sentido Barra a partir da praça do pedágio até a Avenida Brasil.
A Secretaria municipal de Transportes informou que o engarrafamento provocado pela manifestação chegou a dois quilômetros na Avenida Ayrton Senna, sentido Zona Norte, até a altura do Hospital Lourenço Jorge. Segundo o órgão, outras vias da Barra, como a Avenida das Américas, não foram prejudicadas. Muitos passageiros dos ônibus desceram dos veículos e seguiram a viagem a pé.
O atropelamento de Marcelo Gomes ocorreu um pouco antes das 7h. Houve confusão no local porque um policial militar chegou atirando com um fuzil AR15, sendo cercado pelos manifestantes. Ele foi retirado do tumulto por outros PMs. Três operários chegaram a ser detidos. Os operários colocaram manilhões, entulho, pedras, placas de ferro e até uma retroescavadeira na via. Os manifestantes liberam uma pista em cada sentido, após a libertação dos colegas detidos.
A polícia encontrou dificuldades em negociar com os operários porque não havia um líder no movimento. Quem comandou a ação da polícia foi o tenente-coronel Mouzinho, comandante do Batalhão do Recreio. O engenheiro responsável pela segurança da Vila, Carlos Alberto Ribeiro, também participou das negociações.
Os manifestantes querem a construção de uma passarela em frente à Vila Pan Americana. Eles dizem que o operário morto esta manhã foi a quarta vítima deste tipo de acidente no local. Um operário, que não quis se identificar, disse à rádio CBN que a passarela era uma demanda antiga:
- Se eles construíram uma passarela para os Rolling Stones, por que não fazem aqui? - indagou, referindo-se à construção feita em fevereiro na Praia de Copacabana para levar os músicos da banda ao palco na orla.
Logo após o acidente com o operário, os manifestantes fecharam por cerca de uma hora três faixas de rolamento da pista de sentido Linha Amarela da Ayrton Senna.
A Agenco, a empresa responsável pela obra da Vila Pan-Americana, lamentou a morte do operário e disse que vai reforçar o pedido de construção de uma passarela que facilite o acesso seguro dos operários até o canteiro de obras.
Em relação à construção da passarela, a Secretaria Municipal de Obras informa que ela está prevista para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Está prevista também a duplicação das avenidas Ayrton Senna e Abelardo Bueno. A prefeitura aguarda a liberação de financiamento solicitado ao BNDES no ano passado.
Sobre a passarela que os operários pedem, o BNDES informou que não existe nenhum projeto específico para o financiamento de passarelas, mas de revitalização e ampliação de vias de acesso para o Pan 2007.
Além disso, o banco lembra que o dinheiro a ser liberado é um empréstimo e não uma verba. Portanto, a prefeitura não poderia depender apenas disso para realizar obras consideradas necessárias.
Acidente fecha meia pista da Avenida Niemeyer por 40 minutos
RIO - Um acidente envolvendo uma Saveiro provocou a interdição, por cerca de 40 minutos na tarde desta quarta-feira, da pista sentido Barra da Tijuca da Avenida Niemeyer, em São Conrado. O motorista da Saveiro ficou preso nas ferragens e, por isso, policiais militares interditaram meia pista da avenida para o trabalho do Corpo de Bombeiros.
O ferido foi levado para o Hospital Souza Aguiar e o carro para o 23º BPM (Leblon) para desobstruir a pista e facilitar a perícia, segundo o comandante da unidade, tenente-coronel Carlos Milan.
O acidente aconteceu por volta das 16h. Houve retenção, mas pouco depois de o trânsito ter sido liberado o tráfego foi normalizado.
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