Família da pesada assusta os EUA
Tom Leão
Recentemente, uma dessas ligas de decência que infestam a América puritana fez sua lista anual dos dez programas de TV mais nocivos para a família e os adolescentes. Sabe quem ficou em primeiro lugar? O desenho para adultos “Family guy” (aqui, “Uma família da pesada”, da Fox), de Seth McFarlane.
Aliás, o segundo colocado foi outra produção de McFarlane, o não menos hilário e “ofensivo” “American dad”, também exibido aqui pelo canal Fox. Só para constar, o terceiro entre os “piores” foi a série “The O.C.”!
Sintomático, já que os desenhos de McFarlane são as coisas mais legais e ultrajantes desde “South Park”. E gozam de sucesso retroativo. A princípio, “Family guy” teve pouca repercussão e, por isso, foi cancelado pela Fox após a terceira temporada. Daí, devido a pedidos de fãs e insistência do próprio McFarlane (nenhuma relação com o Todd dos quadrinhos), a série voltou ao ar e conquistou o seu lugar, tornando-se cult nos Estados Unidos e também crescendo no Brasil.
O desenrolar lógico dessa fama tardia é “Family guy presents: Stewie Griffin — The untold story” (ou “Family guy: the movie”), o primeiro filme derivado da série, lançado diretamente no mercado de vídeo nos EUA.
O filme é todo conduzido pelo personagem Stewie, aquele bebê que sonha conquistar o mundo e matar a mãe. Após ter uma experiência de quase morte numa piscina, ele muda um pouco de ponto de vista e tenta ser mais sociável. Contudo, por não aceitar ser filho de um estúpido como Peter Griffin, ele sai em busca do provável verdadeiro pai, depois de ver um adulto muito parecido com ele na TV. Então, empreende uma jornada que o faz cruzar o país (o suposto pai vive em São Francisco) e, no decorrer do processo, descobre que seu futuro poderá ser um fracasso retumbante.
Com mil piadas por segundo, o filme se divide em três partes (um prólogo com a pré-estréia do filme em Quahog e o filme em si, em dois atos) e tem um linguajar mais pesado do que na TV. O que garante mais risadas ainda.
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