Eu votei para presidente, pela primeira vez, em 2002. Eu queria em 1998, mas tinha ouvido falar que deveria ter 16 até abril, e... enfim. A primeira vez para presidente foi em 2002. Votei no Lula. Em 2006 fui de Heloísa Helena (meu avatar no MSN era ela) e Lula no segundo turno.
Esse ano, comecei querendo votar na Marina. Gosto muito da trajetória de vida pessoal e política dela. É uma vencedora. Saiu do PT por discordar dos rumos do partido e saiu do fogo para a frigideira: justamente o PV, cada vez pior. Nem comento o Gabeira... mas enfim, desiludi com a Marina que falava falava e não falava nada. Resolvi votar no Plínio. O discurso é lindo, mas pouco prático. Aí vi que não dava, não concordo com várias coisas que ele critica e as propostas irreais.
Foi quando li um texto sobre a vida da Dilma. Aquela história, da mulher que não foge à luta, que colocou a cabeça a prêmio em nome da liberdade de todos, libertária em sua vida pessoal, feminista, atéia e comunista. E a continuidade do que tem dado certo, a bandeira da inclusão social do governo do PT. Encontrei nela meu candidato já para o primeiro turno. Acompanhei os discursos do Plínio e da Marina depois dos resultados, e aí tive certeza de que acertei na escolha. Neste segundo turno, votei com calma. Olhei a tela. E me enchi de esperança.
Em 2002, quando votei pela primeira vez, as coisas eram diferentes. Sentamos eu e meu pai, na cama, e olhamos a apuração na TV. E nos olhamos. Era uma esperança no ar, muito grande, de que as coisas iam melhorar. De lá para cá, nem tudo foram flores. Mas as coisas melhoraram. E hoje não vou mais ver a apuração com meu pai ao lado, mas a esperança está aqui. Espero que as coisas melhorem. Se não dá para ser em tudo, pelo menos continuar os acertos e corrigir os erros.